Bolsonaro passa mal
Bolsonaro passa mal e é atendido com urgência no Rio Grande do Norte
Ex-presidente Jair Bolsonaro foi hospitalizado após sentir fortes dores abdominais relacionadas à facada sofrida em 2018.
Ele está sendo transferido de helicóptero para Natal.
Na manhã desta sexta-feira (11), o ex-presidente Jair Bolsonaro foi internado às pressas no Hospital Municipal Aluízio Bezerra, localizado na cidade de Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte.
Segundo informações preliminares, Bolsonaro apresentou fortes dores abdominais, associadas às complicações da facada sofrida durante sua campanha presidencial em 2018.
A equipe médica que o atendeu considerou a situação delicada e recomendou a imediata transferência aérea para Natal, capital do estado, onde o ex-presidente receberá atendimento especializado.
O caso mobilizou seguranças, apoiadores e representantes políticos ligados ao ex-chefe do Executivo.
Histórico da facada sofrida por Bolsonaro
O episódio que continua causando impactos na saúde de Jair Bolsonaro ocorreu no dia 6 de setembro de 2018, em Juiz de Fora (MG), durante um ato de campanha eleitoral.
O então candidato foi atingido por uma facada desferida por Adélio Bispo de Oliveira, que foi preso em flagrante e posteriormente declarado inimputável por problemas mentais.
Desde então, Bolsonaro passou por diversas cirurgias para tratar as lesões provocadas no sistema digestivo.
Ao todo, foram mais de cinco procedimentos, incluindo correções intestinais e reconstruções abdominais.
Apesar de declarações públicas em que dizia estar bem, o ex-presidente sempre afirmou que as sequelas do atentado ainda o afetam.
Situação atual: dores e urgência
De acordo com fontes médicas ligadas ao hospital onde ele foi atendido inicialmente, Bolsonaro reclamou de dores intensas na região abdominal, semelhantes às que sentiu em outras ocasiões em que foi internado.
A equipe plantonista realizou exames preliminares e optou por não esperar mais tempo, considerando os riscos de complicações.
Por isso, foi solicitada a transferência via helicóptero para um hospital de referência em Natal, onde há estrutura mais completa para diagnóstico por imagem e acompanhamento cirúrgico, se necessário.
A decisão foi tomada com base no histórico clínico e no estado atual de Bolsonaro.
Apoio e movimentação política
Assim que a informação se espalhou, políticos aliados, como o senador Rogério Marinho (PL-RN) e o deputado General Girão (PL-RN), demonstraram apoio ao ex-presidente por meio das redes sociais.
Muitos usuários também utilizaram hashtags como #ForçaBolsonaro e
#OremosPorBolsonaro, que rapidamente subiram entre os assuntos mais comentados do Twitter no Brasil.
Além disso, um pequeno grupo de apoiadores se reuniu na frente do hospital em Santa Cruz e, mais tarde, nas proximidades do hospital em Natal, aguardando atualizações sobre o estado de saúde do ex-presidente.
Impacto na agenda política de Bolsonaro
Bolsonaro estava em viagem pelo Nordeste para participar de eventos com lideranças locais e reforçar o apoio ao seu grupo político em vista das eleições municipais de 2024.
Sua passagem pelo Rio Grande do Norte incluía encontros com prefeitos e empresários, além de discursos públicos em cidades do interior.
Com a internação, toda a agenda foi suspensa.
A assessoria do ex-presidente ainda não confirmou se ele permanecerá no estado para continuar o tratamento ou se será transferido posteriormente para São Paulo ou Brasília, onde costuma ser acompanhado por sua equipe médica de confiança.
Pronunciamento da família
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro publicou uma mensagem no Instagram agradecendo as orações e o apoio dos seguidores.
“Estamos confiantes na recuperação do Jair. Sabemos que Deus está no controle de tudo”, escreveu.
Outros filhos de Bolsonaro, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também se pronunciaram nas redes, reforçando a gravidade do quadro, mas afirmando que o ex-presidente está consciente e sendo bem atendido.
Saúde de Bolsonaro já gerou outras internações
Esta não é a primeira vez que Jair Bolsonaro precisa ser hospitalizado devido a dores abdominais.
Em janeiro de 2022, por exemplo, ele foi internado em São Paulo com um quadro de obstrução intestinal.
À época, ele permaneceu por alguns dias sob observação e recebeu alta sem necessidade de nova cirurgia.
O histórico de saúde do ex-presidente tornou-se um tema recorrente ao longo de seu mandato.
Em várias ocasiões, seus compromissos oficiais precisaram ser adiados devido a crises abdominais, o que preocupa seus aliados e gera questionamentos sobre sua capacidade de retomar uma possível candidatura futura.
O que se sabe até agora
Apesar da gravidade inicial que motivou a transferência urgente, o boletim médico divulgado no início da tarde indicava que Bolsonaro está estável, consciente e sob observação.
Exames mais detalhados serão realizados em Natal para verificar a necessidade de uma nova intervenção cirúrgica.
Até o momento, não há previsão oficial de alta, e novas informações deverão ser divulgadas ao longo do dia pela equipe médica responsável pelo atendimento.
A internação de Jair Bolsonaro acende novamente o alerta sobre os impactos duradouros do atentado de 2018.
Mesmo anos após o episódio, o ex-presidente segue enfrentando complicações que exigem acompanhamento constante.
A comoção pública e o apoio de aliados evidenciam sua relevância no cenário político atual, mesmo fora do cargo.
A expectativa agora é por atualizações do quadro clínico e definição dos próximos passos no tratamento.
O caso também reforça a importância da saúde dos líderes políticos e a necessidade de acompanhamento médico contínuo para figuras públicas com histórico grave de lesões.
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